11 de novembro de 2011

Um..Dois..Três..Quatro.



Comunicação feita através de mensageiros angelicais, mensagem entregue, saudade sentida.
Quatro anos, meia vida, tristeza inteira.
Lágrimas secam, sorriso foge, alma encolhe-se, pois daqui desapareceste.
Batalha constante travada lado-a-lado, transpirando cumplicidade.
Amargura sentida na hora da despedida prolongou-se durante quatro duros longos anos.
Para uns serás sempre relembrado como a pessoa que foste, por outros esquecido pela pessoa que para eles nunca foste.

Saudade, efectivamente saudade.

27 de setembro de 2011

Galeria de Fotografia


Fotografia de Ana Barroso
Apenas gostava de compartilhar convosco o trabalho de uma pessoa que ja me acompanha a alguns textos e por quem eu tenho bastante consideração. E como adoro as fotos dela, achei de meu direito partilhar convosco fotos simples e de uma beleza impar nestas belas fotografias da autoria da Ana Barroso.
Desde já o meu grande Obrigado por tudo Ana.

Óculos Escuros (...)


Fotografia de Ana Barroso

Tu que de óculos escuros passas na rua, desviando o olhar do teu próximo com medo de trocar um olhar com alguém!
Sim tu, tu mesmo que olhas para o chão com medo de calcares alguém com o mesmo andar que tu, sim tu, egoísta que não sorris, mas choras por dentro, que dizes não sonhar, mas passas a vida a castigar-te.
Escuros, sim escuros são os óculos que te pertencem, assim como os olhos que te são queridos pertencem a quem amas, sim esses, que não paras de desejar.
Tu que nessa escuridão não te vês livre deles e sonhas com o dia em que todos fossem cegos para não se apaixonarem como aconteceu contigo, sim tu, mente moribunda que vagueia nas trevas, na ânsia de encontrar a menina dos teus olhos.
Foram bastantes as vezes que desejas-te tirar os óculos da tua vida para tentares cruzar os teus olhos sem vida, com outros olhos cheios do mesmo nada que tu.
Esconde-te alma nas profundezas da escuridão, assim como os olhos se refugiam na escuridão destas lentes, ai lentes foscas desses óculos antigos, empobrecidos com essa tua alma, ai como me deixas triste.
Mártir do seu próprio eu, sim tu, ou mesmo eu.


PS: Um dia poderei ver a luz sem ti, meus óculos escuros.

24 de setembro de 2011

Realidade Aumentada

Fotografia de Ana Barroso
Tenho ficado a olhar atentamente nas tuas fotos que chego a acreditar que são reais.
Vivo a tanto tempo agarrado as tuas fotos que acredito nisto que posso sentir é tudo verdadeiro.
Recordo-te parada calmamente debaixo de uma chuva gélida quando o meu coração foi em direcção ao teu, para o aquecer. De mais nada me lembro senão olhar fixamente para ti e te beijar durante todo o tempo que me restava.
Abracei-te sempre com toda a força que tinha, na ânsia de acabar com os teus tremores.
Suavemente naquela noite não pude deixar de contemplar o quanto radiante estavas e o quanto a neve parecia escura ao teu lado.
Finalmente encontrei a coragem de tudo abandonar quando te recordo nos meus braços.

Tão delicada, gélida e perdida, estavas sempre tão perdida na escuridão…
Abro os meus olhos mas nunca vejo nada. Espero ter pensado sempre nas palavras certas para conseguir prender o teu coração.
Procuro no tempo as palavras verdadeiras para afastar a distância entre ti e as tuas fotos.


PS: Do nada fizeste o tudo, o tudo desapareceu e restas-me tu.

21 de setembro de 2011

Amanha acabará por Chegar..


Fotografia de Ana Barroso

Hoje é o melhor dia que já vivi pois não posso viver o amanha, continua demasiado distante.
Vou queimando os meus olhos para me antecipar ao Sol.

Queria mais do que alguma vez a vida me poderá conceder.
 A rotina enche-me deste tédio nefasto e negro que me acompanha todos os dias.

Esperar por amanha é um erro que prometo não cometer, enquanto arranco o meu coração pois ainda tenho tempo.
Deixarei para amanha as cicatrizes de laços negros dos quais nunca me esqueci, esperando que o Amanha as leve.


PS: Nao tentes Compreender-me hoje, pois eu estava a pensar no Amanha.

5 de setembro de 2011

Vivendo ( ... )

Fotografia de Ana Barroso
Nascido das cinzas mudas de quem tinha muito para contar, acorrentado a quem decapitado foi por muito falar, sorrindo com a alma por não ter boca para me exprimir, sentindo com a cabeça pois o coração só bombeia sangue e lembrando aqueles que abandoram-me, pois foram quem mais me amou.
Sonho por entre cortinas de fumo na esperança que o dia nasça diferente e se ponha á mesma hora que costuma nascer.
Nunca procurei abrigo ao som de injustiças, nem procurei sossego nas vastas multidões erradas de pensamentos perdidos.
Hoje podia ser uma linda despedida, podia ser muita coisa que desejavas, mas irremediavelmente será um tudo de nada, representado quase tudo que nada percebeste. 


PS: Das letras antigas aprendi a fazer textos novos.

15 de julho de 2011

Como Aquela Pedra

Fotografia de Ana Barroso
Numa tarde intrigante, num quarto cheio de nada, de espírito livre eu confesso que estive perdido nas páginas de um livro cheio de morte. Lendo como morremos sozinhos.
Desconfiado do rumo a seguir, peço indicações aos deuses e aos anjos para que me guiem por entre este leito de morte.
Sono profundo me embala. Quando finalmente abro os olhos e os levanto ao céu, este já estava arroxeado, o vinho sabia a sangue e o caminho tomado por indicação celestial me trouxe a este lugar nefasto e cheio de morte.
Continuei a ler este livro ate que o dia terminasse sentado no teu jardim, á porta dessa tua casa, como uma pedra que espera ansiosa num deserto por uma gota de agua.

Em Sonhos até a minha Morte, serei sempre o mesmo.

13 de julho de 2011

Eco de Alma


Fotografia de Ana Barroso

As promessas que quebraste, palavras que deixaste engasgadas e o meu afastamento que nunca aconteceu, fazem disto para mim um mistério.
Sou bem melhor sem ti e tu melhor sem mim.
Mentiras, sangramento da alma, gritos perdidos no interior dos nossos corpos foram me dilacerando, ódio em crescente, engano perpétuo e confusões, tudo acaba hoje.
Pintei o espelho de preto na tentativa de te esquecer, pois imagem do teu rosto aparece diante dos meus olhos cada vez que os abro sem chorar.
Rosas murchas num copo morto fazem de tudo que era nada ser nada do que era tudo.
Sempre serás a escuridão perfeita que queima as estrelas e a doença perfeita que esperei um dia por ela morrer.

PS: Cansei de Pontes suspensas, quero pisar terra firme.

5 de julho de 2011

Tudo é Nada

Fotografia de Ana Barroso
Sala escura onde o cigarro me faz companhia, tapete sujo como vidas cheias de nada.
Quando o fim se aproxima ficamos cheios de tudo.
Se poderes lidar com tudo isto, eu estarei em paz.
Por agora apenas quero que me salves de tudo que sou e do nada que serei.
Dialogo entre a minha alma e o coração faz-me acreditar que não consegues viver com isto.
Cérebro atormentado reafirma que consigo ajudar-me a mim mesmo, sem ninguém a quem dar a mão.
Depois disto tudo, vai chegar o dia em que me vais levar ou me abandonar, nesse dia peço para rezares por mim e então serei perdoado.



PS: Esperas por mim ou abandonas-me?

26 de junho de 2011

Reconfortante

Fotografia de Ana Barroso
Embalado em ondas musicais, estado de espírito alegra-se com as melodias.
Pôr-do-sol esperado ao fim do dia, abraçado a quem faz da minha vida importante.
Chegada da lua torna-se lenta tornando o deslumbramento do pôr-do-sol ainda mais especial.
Sabor da vida enrola-se por entre braços de quem procura a felicidade por faces sombrias e entristecidas devido a vidas passadas na sombra.
Pensamentos transformam-se em nuvens e vagueiam sobre o céu, corpos ao descoberto entregam-se á felicidade terrena, compartilhando nuvens reincidentes com mais intensidade que nunca.
Sem dar por ela, primeiro raio de sol da manha nos cumprimenta com aquele sorriso tímido agraciando as nuvens adormecidas, entregues aos braços de quem passou a noite abraçada...


PS: Para estar junto nunca foi preciso estar perto!

20 de junho de 2011

Essência do Sentir

Fotografia de Ana Barroso
Vejo na tua face, sorrisos por entre palavras unidas, sorrisos entre frases soltas ao sabor do vento.
Plena essência do amor, nova fragrância de cor, puro sentimento como lágrimas que liberto quando explico sentimentos nestas paginas.
Inspiração, olhar tão duro enquanto brilha.
Não sinto medo, sinto vontade de estar contigo como se fosses insanidade e eu prefiro-te ver sorrir nas palavras que são a essência do sentir.
Escrevo tudo o que sinto por vontade do coração. Alma que nada teme e que nada perde, relembra momentos positivos que sabem sempre a pouco.
Quem ama nunca está ausente e por mais que escreva fica sempre algo por dizer, neste vasto caderno que por teimosia tento escrever.
Juntos para alem de morrer.


PS: Como agua que enche o leito do rio, assim tu me enches a alma, minha caneta.

16 de junho de 2011

Ice Emotions

Fotografia Ana Barroso
Por muito tempo, houve segredos na minha mente e houve coisas que devia ter dito.
Pela escuridão fui tropeçando ate a porta, para encontrar o verdadeiro motivo, o tempo, o lugar e nem a hora me esqueci de procurar.
Esperei pelo sol do Inverno e pela fria luz do dia para demonstrar o quanto a minha alma se encontra gelida.
Tornou-se tudo verdadeiro quando ao enfrentar o medo de viver, reparei que onde eu estava tinha asas e não conseguia voar e tive lágrimas onde não pude chorar.
Emoções minhas congeladas num lago frio para ser incapaz de senti-las.
Lentamente me levantarei do lago gelado de emoções entorpecidas pela morbilidade das minhas acções passadas e embalo-me nestas aguas do mar, onde só peço, minhas aguas calmas, que me levem para longe.

15 de junho de 2011

Lutar de Mão Dada.

                                 http://afibromialgiaeeu.blogspot.com/

Muitas vezes vivemos rodeados no nosso proprio mundo e nao sabemos dar a real importancia a questões como a fibromialgia.
Este blogue partilha convosco algumas das batalhas ganhas por quem vive diariamente de mão dada com a doença.
Para mim foi uma grande lição de vida e reconhecer que existem pessoas que teem de lutar o dobro para conquistar o mesmo que eu conquistei:
Percam um pouco do vosso tempo, neste espaço, nao sera de forma algum tempo jogado fora.

Saudações fieis.

14 de junho de 2011

Nas Asas do Vento

Fotografia de Ana Barroso

Sem dor, sem medos, apenas agonia de não viver segundo os meus propósitos.
Tentei sozinho traçar o meu destino, onde consegui libertar a minha mente e domestica-la.
Aqui estou eu, esperando na solidão os sonhos que por dentro vou tendo.
O medo do desconhecido desapareceu, fazendo a minha fé na escuridão crescer.
Fé que me faz voar pelos céus, como o rei do mundo, pintando os céus no tom mais escuro que conheço, ate conseguir ver nitidamente o mundo real diante dos meus olhos.

6 de junho de 2011

Pára, Escuta e Sente



Fotofrafia de Ana Barroso
 
Lembro-me de alguns lugares, mas alguns mudaram para sempre, mas não para melhor, alguns desapareceram e outros ainda existem, mas todos esses lugares tem momentos com amantes e amigos dos quais ainda me lembro, alguns estão mortos e outros ainda vivem na minha vida.
De todos os amantes e amigos nenhum se compara a ti.
As lembranças perdem o sentido quando penso no amor como algo novo, ainda por descobrir, apesar de saber que nunca vou deixar de gostar das pessoas e das coisas que vieram antes.



É bom fazer stop na vida de vez em quando, para ver o que de bom ela nos oferece.


Nightmare


Fotografia de Ana Barroso

Tenho uma visão que simplesmente não consigo controlar.
Sinto que perdi o espírito e vendi a minha alma, não consigo encontrar controlo para isto.
Nos sentimentos em que me escondo a realidade não é assim tão amável.
Pesadelos que me perseguem durante o sono, fazem-me temer as noites longas e solitárias.
Como um barco que percorre águas frias procurando o seu destino, assim se mantém a minha alma á superfície.

Ensinamentos Superiores

Fotografia de Ana Barroso

Nós perdemos o sol nascente, um ultimo sinal da manha nublada que passa distante para morrer sozinha.
Tentando alcançar as estrelas, encobri o céu.
Foi me ensinado que para poder voar, primeiro tinha de aprender a navegar pelo ar. Como isso não fosse difícil o suficiente tentei com firmeza pisar o chão antes de começar a correr.
Agora o mundo aparece em imagens meio destruído.
As montanhas da vida tremeram com o sorriso de quem é feliz pela vida e não por quem é feliz por não estar morto.
Ensinamentos debaixo da poeira densa de uma manha diferente de todas as outras fazem-me acreditar na felicidade entre almas.

Free Soul ?

Fotografia de Ana Barroso

Hoje foi o dia que vi escurecer o mundo com o brilho do sol vertical.
A minha pele gelou sabendo que a hora de morrer podia chegar mais cedo.
Levarei todos os humanos inconsequentes comigo, pois o espírito do homem nunca foi livre quando a morte nos chama.
Lágrima de sangue perdida na imensidão da sofrida alma do homem. Porque eu acredito que a maldade vive nas almas de quem morre.
Ate que a morte me chame, o meu espírito manter-se-á livre!

31 de maio de 2011

Em Peças...

Fotografia de Ana Barroso
Bocados recortados milagrosamente á mão do portador da tesoura, em pequenos, pequeníssimos pedaços de alma.
Pequenos puzzles montados em cima do joelho fazem da vida um passatempo de verão.
Luzes confundem os olhos fatigados por lágrimas antigas, memorias cravadas de tristeza, correm face abaixo com a intenção de encontrarem consolo.
Raciocínio perdido aquando do primeiro recorte na alma, fazem-me suspirar por momentos antigos.
Questões antigas sem resposta, são leiloadas pelo preço mais ridículo.
O brilho do Mundo a desabafar alimenta o sentimento de que não me encontro sozinho.
Partilho o meu sangue convosco para que nas paredes desta rua possam escrever o vosso nome com ele e assim perpetuaremos mais tempo.
Tentativas de juntar as peças quebradas, não passaram de tentativas em vão.

Novo dia, velha vida.

Sombras

Fotografia de Ana Barroso

Perdido no que sou e no que devo acreditar, esquecido pela razão, dou cartas á emotividade.
Sinto que as pessoas são sombras e sombras não sentem. Frases de conforto não me enxergam as lágrimas porque não me compreendem.
Sabe pouco tudo que conquistei até agora, sabe tudo pouco por não te ter aqui.
Farto de dar ouvidos ao cérebro, quando lhe chamam coração.

Abandono os comuns em direcção á minoria.

30 de maio de 2011

Música


Fotografia de Ana Barroso

Uma pessoa muito especial na minha vida, sempre me disse, o amor é a música perfeita que nunca te cansarás de ouvir. Naquele dia não percebi o alcance exacto que tinha esta frase, hoje mais maduro e triste      compreendo-a.
Vivemos toda a vida á procura da melodia que encaixe nos nossos ouvidos de forma quase instantânea.
Muitas vezes sons codificados aos nossos corações são interpretados de uma forma totalmente diferente pelos nossos ouvidos.
Aqui me encontro perdido em acordes de uma música que não me canso de ouvir, de a sentir e a respirar.
Posso ser enganado pelos meus ouvidos, mas o meu coração nunca me atraiçoará.
Continuarei a ouvir a tua musica ate que os meus ouvidos sangrem, até que o céu escureça e me leve desta vida.
Eu não deixarei de te levar comigo no coração onde a tua música ecoará por todos os cantos que visitarei.



A tua musica foi, é e será sempre a banda sonora da minha vida!

Recorte de Alma...

Fotografia de Ana Barroso
Gosto de palavras sem nexo, é absurdo.
Gosto de confundir o próximo para quebrar o gelo.
Gosto de ser bem directo, mas parecer pouco óbvio.
Sentir-me abstracto cada vez que procuro contacto.
Gosto de ser desconhecido e fazer por isso.
Gosto de ouvir os outros a dizer: foda-se eu desisto!
Gosto de ser amigo de quem sou, é lucrativo.
Gosto de não agradar, mas gosto de ser lido.




PS: Muitos apanharam um vírus ao ler o meu Blogue, principal causa será infecção pela palavra!

29 de abril de 2011

Saudade Embalada na Despedida...


Fotografia de Ana Barroso

Quando não estas…
É o sorriso vagabundo que procuro encontrar no meio de fotos antigas.
Lamento por nunca ter a palavra certa, sem ser poeta resta-me o domínio da caneta.
Por muito que escreva, ficará sempre algo por dizer. A dor já consumiu o bastante destes sentimentos e o esquecimento é alcançado com o sabor amargo da saudade.
O nosso silêncio só encobre a cobardia de ter medo de amar.
Das lágrimas fiz o maior sorriso da vida e consequentemente do passado já nada resta.
Fiz do futuro a minha casa sem portas, vivendo apenas para as paredes frias, sabendo de antemão que viver numa casa com portas, só leva a partidas e chegadas indesejadas.
Soube viver novamente, soube chorar novamente, mas principalmente soube sorrir quando tu não estavas lá.

Até Sempre. . .

Noite Perdida

Fotografia de Ana Barroso
Só mais uma noite sem inspiração, lá fora a chuva intensificam o seu canto e aumenta a depressão juntamente com o stress do fim do dia e de uma separação.
Apetece-me cair de vez e deixar-me ficar no chão.
Faço de conta e recordo momentos felizes, na esperança em que o sol aqueça as nuvens tristes, mas tudo mal continua debaixo deste tecto.
Parece mentira como a violência nua e fria destas palavras tem tão pouco significado comparando com o sabor da própria vida.
A liberdade insegura em que temos de caminhar por baixo deste sol queimado faz com que seja difícil respirar, mas mesmo assim contínuo, nem que não seja para alimentar a ilusão.
E nesta pagina rasgada do livro da inocência que comprovo que a vida estará sempre presa por um fio, assim como a aranha passa o dia.

18 de abril de 2011

Arco-Íris Preto e Cinza

Voltas e mais voltas e a dúvida torna-me a cumprimentar, fazes do preto e cinza o meu dia e na esperança espero ate alcançar um arco-íris.
Ninguém compreendia os meus pontos de vista quando mostrava os meus textos e nem eu mesmo sabia se estava acordado ou a dormir quando escrevi isto.
Na minha mente sou um lutador com um isqueiro no lugar do coração, sangue substituído pela alma negra para que na simbologia da minha vida ganhe forma cada vez que uma faísca é escrita num papel.
Grande dor de cabeça, estou doente para vos. Desisto de ser comparado a todo o vosso brilhantismo, porque sei que para cada texto que lance haverá sempre novos críticos há espera que eu escorregue.
Cada vez que a minha cabeça toca na almofada uma dor profunda grita ate que eu não consiga dormir, mas são esses obstáculos que me mantêm desperto.
Sem discrição possível é o relato da vida nas minhas próprias palavras.
Até que a alma deixe de doer eu continuarei a escrever!


Fotografia de Ana Barroso


PS: A esperança não me abandonou, apenas deixou de se importar!

14 de abril de 2011

Sozinho, em Plural.

Fotografia de Ana Barroso
Nasci sozinho, mas acompanhado.
Durante estes anos combati lado a lado com almas fotocopiadas de algo erradamente idolatrado como certo e grande parte de mim formou-se convosco.
Desconhecidos do mundo em geral, em mim desempenharam o papel principal.
Faço deste texto mais um pouco de mim, sabor amargo e sentimento servido frio ao teu prato.
Abandonado por alguns, marginalizado psicologicamente por outros, odiado por uns e amado pelos demais.
Estive perdido muito tempo, embarquei no barco da depressão profunda durante uma longa jornada, mas como hábito presente na minha vida, mais uma vez fui reabilitado pelos meus fiéis companheiros de caminhada.

Acordo todos os dias de punho fechado pronto para a revolução, luto pela minha liberdade, saboreando o doce sabor da vitória no fim do dia.
Agora tenho a coragem de querer, de ser forte e de me erguer, sem ceder e nem mesmo desistir.
Nas minhas palavras encontrei o conforto que outra alma não me proporcionava, sentimento construído das próprias cinzas.
Mais linhas me insurgem a desabafar a quem neste ano transacto me desiludiu, mas sinceramente não o vou fazer, por meramente desinteresse nessas ditas pessoas, serve como recado a todos que julgaram o meu íntimo sem compreenderem a vida.
Para essas pessoas guardo o dedo do meio e um sentimento de pena, quem perdeu não fui eu.
Lembrar-me-ei sempre de quem comigo caminhou lado a lado e para esses guardo o meu amor.


PS: Escrito ao som de uma balada de amor, nas tuas ruas Guimarães eu expresso o meu sentimento e na mão vos guardo amigos.

1 de abril de 2011

Estrela Cadente

Tu que moras no céu, tu que habitas entre buracos negros e estrelas perdidas na morbidade desse céu enfadonho, tu que nessa noite teimas-te em brilhar mais que as outras, tu e só tu que me beijaste debaixo daquele luar esquecido.
Ninguém viu, ninguém sentiu, mas a veracidade do nosso amor embalou todas as estrelas do teu céu.
Batida desconcertante encobre os teus passos por entre a ruidosa estrada cheia de pó e pedras que outrora alguém atirou, portas se abrem por entre almas, suspiros tornados verdade apenas não passam de miragens.
Prendes-me no teu olhar, sinto-me perdido com a sensação que alguém nos observa, o teu dedo encostado nos lábios como que a impedir um sussurro meu é perfeitamente compreendido pela minha alma que se mantém silenciosa, enquanto nossos corpos se perdem na escuridão da noite.
Sorriso propagado a todos os cantos do mundo, felicidade aconchega todos os seguidores que estupefactos seguiram a tua rota descendente até aos meus braços.





Tens razão Rui Veloso Não há estrelas como esta no céu!

23 de março de 2011

Carta á minha Consciencia

Fotografia de Ana Barroso
Limitado ao teu lado, preso ao silêncio, apenas uma possessão.
Somente a violência alimenta o teu ego que me quebra em pedaços, onde eu posso suportar apenas o suficiente desta dor.
Vai em frente e infecta-me, amedronta-me até a morte. Talvez tenha pedido isto, mas acho que seria algo que eu simplesmente não esqueceria.
Sentes o máximo de satisfação doentia, quando dizes conseguir foder a minha mente.
Tiras a minha essência, apoderas-te dos cantos mais sombrios da minha mente para poderes respirares.
Sem fé, sem luz, condena-me a viver, condena-me a mentir, pois por dentro continuo morto.

Fui a tua vítima principal, mas hoje deixarás de ser a voz na minha cabeça.

15 de março de 2011

Despedida Interior

Fotografia de Ana Barroso
Não me lembro onde estava quando escrevi isto, mas a percepção que tive foi que a vida não passava de um jogo.
Quanto mais entendia as coisas, mais difíceis as regras se tornavam, sem ter a mínima ideia do custo desta descoberta, a minha vida passou-me diante dos olhos.
Descobri o quanto a minha vida tinha de planos falhados e de projectos realizados.
Para que ao lerem isto os meus amigos saibam que eu adoraria estar convosco apenas peço que quando pensarem em mim soltem um sorriso. O corpo foi-se e só resta a alma.
A todo o mundo, a todos os meus amigos, eu amo-vos, mas devo partir. Estas serão sempre as últimas palavras que irei falar para elas me poderem libertar.
Se o meu coração ainda estivesse vivo, eu sei que ele me iria partir.
As minhas recordações deixadas contigo, nada mais há a dizer sobre elas. Seguir adiante é uma coisa simples, o difícil é sempre o que se deixa para trás.


Sensação de sono deixou de ser dor e a vida já está cicatrizada.

14 de março de 2011

Quatro Paredes

Fotografia de Ana Barroso
Muitas vezes sem controlo da mente onde vivo, sozinho, abstraído deste mundo de confusão.
O ar cheio de ruído tenta-me acordar deste pesadelo em que estou aprisionado.
A vida começa a tremer entre estas quatro paredes que me rodeiam. Olhar fica vazio sem conseguir encontrar o caminho por entre este labirinto.
Rodeado dos medos e dos sonhos que atormentam o meu sono, limito-me a preencher os olhos de branco, em que só eles conseguem ver a luz.





Dizem que é um hospício, mas serei eu louco?

4 de março de 2011

Trilho Conflituoso


Fotografia de Ana Barroso

 Hoje magoei-me simplesmente para ver se ainda sinto alguma coisa, focalizo a dor, a única coisa real.
Como uma agulha abre um buraco aquando de uma picada, assim a velha picada familiar me magoa.
Tentei esquecer esta dor de todos os jeitos possíveis, mas as lembranças fazem-me recordar tudo.
No fim, todos que conheço vão embora, mas tu no entanto podias ter ficado com tudo que era meu, o meu império de sujidades.
Uso esta coroa de espinhos, sentado neste trono de mentiras, cheio de pensamentos quebrados pela vida que eu não consigo consertar.

Debaixo das manchas do tempo, os sentimentos desapareceram, e tu já és outra pessoa.

Se eu pudesse ao menos começar de novo, a milhões de quilómetros daqui. Eu podia encontrar-me, eu podia ate encontrar um caminho…



15 de fevereiro de 2011

Desabafo do Intimo...

Neste dia chuvoso reforço a vontade de escrever. Escrevo até que me doía a alma, ate que a minha mão não consiga pegar na caneta para fazer um simples rabisco, escrevo ate que a chuva pare.
Sinto a vida de forma singular, repudio falsas conversas trocadas com o intuito de me roubar informações.
Mania da perseguição, teorias da conspiração rabiscadas entre pausas de café.
O sonho mantém a minha vida com os pés na terra.
Tenho um feitio vincado, fortes convicções movem a minha terra, ate ser morto pelos cépticos, mostrarei a minha força de viver.
Mentalidade juvenil transformada em excursão de idosos torna-se no bode expiatório desta sociedade presa ao preconceito. Julga-me sistematicamente em cada acção dispendida diariamente, mas no fim do dia serei sempre o mais incompreendido a levantar-me do chão.
É triste ver todas as mãos que fingiram ser minhas amigas, atiraram me pedras durante mais de um ano, lamento, mas não estou triste por mim, apenas por vocês.
Outras mãos se levantaram para alegria da minha alma.
Fui esculpido para que na verdade viva, durante 20 anos não defraudei a intenção de ser directo, sim custa dizer a verdade, mas é mais reconfortante. Por experiencia própria garanto-te que a mentira não trás felicidade, manter uma relação por simpatia é cómico por demais.
O meu caminho é evolução minha gente, sei que o mundo está comigo e se cair, levantar-me-ei sozinho.
Só me resta dar a mão a quem está comigo e não quero que confundas contigo.
Perdido interiormente entre pensamentos carregados de negativismo, só na minha escrita, eu me encontro com a paz de espírito.
Este texto deve ser encarado como um reset á própria vida, a energia sedutora da caneta cativou-me a viver mais do que o indicado.
Por mais que as pessoas tentem, nunca irei vender a minha alma, pois esta mesma alma é o meu seguro de vida.
Tenho a mania de pensar demais nos outros, mas virei mais uma página e agora confio em poucos.
O meu corpo é uma fonte infindável de energia alternativa, sou um suposto ser humano com o pensamento radioactivo, sou o tumulo da minha energia negativa e se soubesses o porque juntavas-te á minha comitiva.
As minhas palavras não deixarão de serem pesadas apenas porque a tua mentalidade as deixa cair.


Ainda não falei demais, pois muito mais será dito durante a minha vida.
Bem-vindo a mais uma viagem atribulada.

14 de fevereiro de 2011

Quando o Relogio pára...

Fotografia de Ana Barroso
Acordado, completamente acordado, assim me sinto quando abro os olhos e o céu continua tão azul. De repente sei que aprecio a vida novamente.
As batalhas interiores que cruzaram a minha alma, agora fazem todo o sentido.
Nova revolução de Abril chega á minha vida quando eu próprio saiu da jaula que eu criei, tornando a liberdade o acto mais inocente das nossas vidas.
Pareço louco, no entanto sei que não sou o único a acreditar em mim mesmo.
Dentro de mim renasce a força de sorrir pela coisa mais insignificante, coração despedaçado dá lugar ao mais íntimo segredo entre nós.
Roubo tempo para tentar correr contra o relógio.
Mesmo relógio que leva tempo a mais de avanço, os meus amigos atrasam o relógio para que eu possa acompanha-los.
Recriaram a minha alma com todas as peças quebradas ao som de facadas no peito, a vós meus amigos, eu retribuo a minha alma, pois eu nunca fui dono de a possuir, mas sim de a proteger.


Assim entrego-vos o que sempre foi vosso de direito, a minha alma.

7 de fevereiro de 2011

Solidão

Fotografia de Ana Barroso
Saudades daqueles tempos moribundos de felicidade extrema sem aparente interesse num assunto em concreto, mas sim no preciso momento em que acordava para a vida e ela sem mais nada para me oferecer, esbofeteava-me a cara com lufadas de ar fresco e com um soco de luz nos meus olhos encarnados de tanta lágrima deixada cair no esplendor da noite.
Farto de criar batalhas com falsos ideais das quais saiu sempre cabisbaixo, afagado com a vida destruída por sonhos inacabados e receios criados de uma tal solidão enfeitiçada por almas errantes que pela minha alma, esperam impacientes.
Sem medo da solidão, entrego o peito as criticas desbocadas, sem fundamento e sem critério analítico por quem da minha personalidade não percebe.

Exorta espírito domado pela dor e agonia, que das lágrimas fazes forças e do desespero o teu conforto. Reage corpo enfraquecido á voz comandante do teu interior.
Vozes contraditórias viajam na auto-estrada da minha mente, luto contra, para me manter são.
Nunca mais será primavera, enquanto este inverno não passar, desejo sinceramente a passagem de estação, esboçando um sorriso na esperança, que como uma flor floresce na primavera, também a minha vida floresça nesta agoniante solidão.



Preso nas memorias, em jeito de escravidão, feito escravo por quem do amor se fez dono, tornando-me eternamente seu.

29 de janeiro de 2011

Comunicado

Expresso a minha felicidade com quem partilho este meu espaço de escrita, que o blogue a partir de hoje contará com a participação de Ana Barroso no que diz respeito a todas as imagens aqui postadas aquando dos meus textos.
Desde já o meu Obrigado á Ana por tornar o meu blogue um sitio mais intimo e personalizado, contudo espero que com o blogue as fotos tenham um pouco mais de visibilidade tambem.
 



Tempos auspiciosos nesta saudosa união nos esperam.

27 de janeiro de 2011

Negra Alma

O teu olhar, misturado com o leve toque do teu intenso e escuro cabelo, provocam me abertamente a chegar á tua beira.
Não posso evitar, há fascinação no ar. Tento combater essa forte sensação, mas não há como fugir da simples contemplação.
Sei que te conheci antes de repetirmos estas frases, mas anseio por algo mais intenso que esta troca de almas errantes.
Sei que não posso ficar ao teu lado para sempre, mas a minha alma recordar-te-á para sempre minha alma negra.
Reencontro das nossas almas, dá-se no eclipse da junção da vida humana com a perdição divina.

Perdoa-me minha Negra Alma por entregar o meu corpo nas tuas mãos.

Buraco

Encontro-me a vaguear em direcção a um vazio infinito, aniquilação de todos os meus sentimentos apontam para a única saída, deste vazio que não pode ser preenchido de novo.
Um buraco no espaço e no tempo…
Aclamo aos céus superiores resignado com a vida confinada a este lugar.
Lágrimas inertes escorregam olhos fora, sem no entanto alguém imaginar que estas lágrimas inertes nunca irão secar. Deixam para trás todas as sombras possíveis na minha mente sem no preciso momento apontarem uma solução.
Alto nos céus, as nuvens continuam a passar. Espero pela tempestade e espero pela chuva para não ser o único a chorar.

Todas as minhas memórias continuaram a viver em mim, enquanto eu próprio continuar a viver em mim.

Inocência do Amor

O amor é uma navalha por onde caminhei, por cima daquela lâmina prateada.
Dormi na poeira com a inocência, neblina forte afasta-nos, restando apenas olhos vermelhos no massacre da inocência.
Eu rezei por ela, alto gritei por ela e prometi mesmo sangrar por ela se pudesse ao menos vê-la agora.
Vivo no fio da navalha, baloiçando entre o passado e o futuro sempre com o abismo como horizonte.
O livro da vida abre-se diante dos meus olhos incentivando me a escrever as jornadas da efémera vida.
O mal que todos fazemos viverá para sempre eternizado na tua alma, pura inocência.

21 de janeiro de 2011

Nós!

Lembrem-se que todos que se metem no nosso caminho efectivamente não fazem a mínima ideia do que se passa entre nos.
Por isso deixem-nos com os nossos próprios planos pois nos não ficaremos sozinhos.
Eu estarei aqui quando o teu coração deixar de bater e ate estarei quando deres o teu último suspiro.


No escuro quando ninguém nos está a escutar, nos momentos onde vagueamos juntos para bem longe, ai sim seremos sempre felizes.
 A ti minha fiel caneta juro o meu eterno Amor.

Adeus?

Podias dar-me uma bebida, ao menos, antes da partida agoniada.
Pois alem dos meus lábios estarem desbotados,
encontram-se também rachados. Se por tudo isto não fores capaz de me oferecer um copo de água,
pelo menos chama pela minha Gémea.
Ajuda a minha Gémea a reunir todas as minhas coisas e enterra-me com todas as minhas cores favoritas.
Não te vou beijar, pois a parte mais difícil disto tudo vai ser deixar-te, saber que nunca vou chegar a casar, constituir família.
Sinto-me farto, cansado desta agonia de ir contando os dias até ao fim da minha vida, a isto nao se pode chamar viver.
Se te disser adeus...  só te peço que sejas verdadeira como eu fui ate hoje.

20 de janeiro de 2011

Broked

Cego pela fé depositada em gentes, ignorei todos os sussurros, nem todos os avisos foram tão claros, mas agora sem escapatória nem mesmo perdão existe.
Ainda me lembro do sorriso quando me rasgaste em pedaços. Pegaste no meu coração, enganaste-me desde os princípios dos tempos.
Mostras-te me sonhos apenas com o intuito de me fazer acreditar que podiam ser reais.
Quebraste a tua promessa fazendo-me entender que ate as tuas intenções obscuras, não passaram de mentiras e ate mesmo os teus sentimentos não escaparam á mentira do nosso amor.

Procura Eterna

Constante busca pela alma perfeita, cenário sujo que me acompanha desde sempre, já não me importo com o que sempre caminhou no meu coração, pois caminhará sempre sozinho.
Não resta amor onde repousa o desassossego.
Afundado em mais um dia moribundo, dei um passo para fora daquele inocente coração.
Amores antigos morrem dificilmente, mentiras antigas dificilmente as esquecemos.

Viagem ao mais cruel submundo da alma, tão fragil, tão frio, tão medonho.
Disfarces bêbedos mudam todas as minhas regras.
Ultima dança transformada no primeiro beijo, relembrando o teu toque que veio aconchegar a minha felicidade.
A beleza sempre aparece em pensamentos obscuros fazendo aparecer uma pequena fenda de luz no meio da escuridão.

12 de janeiro de 2011

Momento Descabido

O meu reflexo, espelho sujo, não se liga comigo!
Sou a minha própria face nos meus sonhos de vidro!
Estar vazio é solidão, estar só é estar puro e a pureza é algo de deus, mas deus é vazio exactamente como eu.
Intoxicado com a loucura, estou apaixonado pela minha tristeza.
Nunca revelarei que estava sozinho num navio afundado, nunca revelarei que estava deprimido!

Um Só Caminho

Vivo arriscadamente, nunca com medo, caminhando perto do próprio limite, já nunca pensando em algo valioso nem em medo, sempre imaginando o motivo de estar aqui.
Todos os meus propósitos se foram, já nada é certo nem errado pois sem arriscar não há o que ganhar. Já não sinto mágoa nem sinto dor e as próprias entranhas da alma se perguntam o que ainda fazem aqui.
Pois bem, beija-me enquanto estou vivo, mata-me se beijo o céu, mas deixa-me morrer do meu jeito, vivendo e aprendendo.
Agora seguirei o caminho, traçado para mim, com os olhos postos no infinito e viverei outro maldito dia.
Liberdade sempre implicou sacrifício, mantêm-me nesta gaiola que é a vida e liberta a besta.
Caiu lentamente, levanto-me com dores, sem que no entanto vejas medo nos meus olhos, agora estou cego e não posso ver...

A Noite

O sol está a dormir silenciosamente pela primeira vez no século. Oceanos melancólicos, calmos e vermelhos.
Visões de carícias ardentes ao dormir.
Pelos meus sonhos continuo a viver, pelos meus desejos contemplo a minha noite. Desejo que esta noite dure uma vida inteira.
As trevas ao meu redor são como margens de um oceano solarengo e como eu gostava de ser como o Sol.
Do coração humano faz parte o sofrimento e mesmo depois de eu navegar sob mil luas sem nunca saber para onde ir esse mesmo sofrimento me acompanhou.
Duzentos e vinte e dois dias de luz serão trocados por uma noite, o momento para ouvir a poesia ate que mais nada se tenha a dizer…