15 de março de 2011

Despedida Interior

Fotografia de Ana Barroso
Não me lembro onde estava quando escrevi isto, mas a percepção que tive foi que a vida não passava de um jogo.
Quanto mais entendia as coisas, mais difíceis as regras se tornavam, sem ter a mínima ideia do custo desta descoberta, a minha vida passou-me diante dos olhos.
Descobri o quanto a minha vida tinha de planos falhados e de projectos realizados.
Para que ao lerem isto os meus amigos saibam que eu adoraria estar convosco apenas peço que quando pensarem em mim soltem um sorriso. O corpo foi-se e só resta a alma.
A todo o mundo, a todos os meus amigos, eu amo-vos, mas devo partir. Estas serão sempre as últimas palavras que irei falar para elas me poderem libertar.
Se o meu coração ainda estivesse vivo, eu sei que ele me iria partir.
As minhas recordações deixadas contigo, nada mais há a dizer sobre elas. Seguir adiante é uma coisa simples, o difícil é sempre o que se deixa para trás.


Sensação de sono deixou de ser dor e a vida já está cicatrizada.

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