15 de fevereiro de 2011

Desabafo do Intimo...

Neste dia chuvoso reforço a vontade de escrever. Escrevo até que me doía a alma, ate que a minha mão não consiga pegar na caneta para fazer um simples rabisco, escrevo ate que a chuva pare.
Sinto a vida de forma singular, repudio falsas conversas trocadas com o intuito de me roubar informações.
Mania da perseguição, teorias da conspiração rabiscadas entre pausas de café.
O sonho mantém a minha vida com os pés na terra.
Tenho um feitio vincado, fortes convicções movem a minha terra, ate ser morto pelos cépticos, mostrarei a minha força de viver.
Mentalidade juvenil transformada em excursão de idosos torna-se no bode expiatório desta sociedade presa ao preconceito. Julga-me sistematicamente em cada acção dispendida diariamente, mas no fim do dia serei sempre o mais incompreendido a levantar-me do chão.
É triste ver todas as mãos que fingiram ser minhas amigas, atiraram me pedras durante mais de um ano, lamento, mas não estou triste por mim, apenas por vocês.
Outras mãos se levantaram para alegria da minha alma.
Fui esculpido para que na verdade viva, durante 20 anos não defraudei a intenção de ser directo, sim custa dizer a verdade, mas é mais reconfortante. Por experiencia própria garanto-te que a mentira não trás felicidade, manter uma relação por simpatia é cómico por demais.
O meu caminho é evolução minha gente, sei que o mundo está comigo e se cair, levantar-me-ei sozinho.
Só me resta dar a mão a quem está comigo e não quero que confundas contigo.
Perdido interiormente entre pensamentos carregados de negativismo, só na minha escrita, eu me encontro com a paz de espírito.
Este texto deve ser encarado como um reset á própria vida, a energia sedutora da caneta cativou-me a viver mais do que o indicado.
Por mais que as pessoas tentem, nunca irei vender a minha alma, pois esta mesma alma é o meu seguro de vida.
Tenho a mania de pensar demais nos outros, mas virei mais uma página e agora confio em poucos.
O meu corpo é uma fonte infindável de energia alternativa, sou um suposto ser humano com o pensamento radioactivo, sou o tumulo da minha energia negativa e se soubesses o porque juntavas-te á minha comitiva.
As minhas palavras não deixarão de serem pesadas apenas porque a tua mentalidade as deixa cair.


Ainda não falei demais, pois muito mais será dito durante a minha vida.
Bem-vindo a mais uma viagem atribulada.

14 de fevereiro de 2011

Quando o Relogio pára...

Fotografia de Ana Barroso
Acordado, completamente acordado, assim me sinto quando abro os olhos e o céu continua tão azul. De repente sei que aprecio a vida novamente.
As batalhas interiores que cruzaram a minha alma, agora fazem todo o sentido.
Nova revolução de Abril chega á minha vida quando eu próprio saiu da jaula que eu criei, tornando a liberdade o acto mais inocente das nossas vidas.
Pareço louco, no entanto sei que não sou o único a acreditar em mim mesmo.
Dentro de mim renasce a força de sorrir pela coisa mais insignificante, coração despedaçado dá lugar ao mais íntimo segredo entre nós.
Roubo tempo para tentar correr contra o relógio.
Mesmo relógio que leva tempo a mais de avanço, os meus amigos atrasam o relógio para que eu possa acompanha-los.
Recriaram a minha alma com todas as peças quebradas ao som de facadas no peito, a vós meus amigos, eu retribuo a minha alma, pois eu nunca fui dono de a possuir, mas sim de a proteger.


Assim entrego-vos o que sempre foi vosso de direito, a minha alma.

7 de fevereiro de 2011

Solidão

Fotografia de Ana Barroso
Saudades daqueles tempos moribundos de felicidade extrema sem aparente interesse num assunto em concreto, mas sim no preciso momento em que acordava para a vida e ela sem mais nada para me oferecer, esbofeteava-me a cara com lufadas de ar fresco e com um soco de luz nos meus olhos encarnados de tanta lágrima deixada cair no esplendor da noite.
Farto de criar batalhas com falsos ideais das quais saiu sempre cabisbaixo, afagado com a vida destruída por sonhos inacabados e receios criados de uma tal solidão enfeitiçada por almas errantes que pela minha alma, esperam impacientes.
Sem medo da solidão, entrego o peito as criticas desbocadas, sem fundamento e sem critério analítico por quem da minha personalidade não percebe.

Exorta espírito domado pela dor e agonia, que das lágrimas fazes forças e do desespero o teu conforto. Reage corpo enfraquecido á voz comandante do teu interior.
Vozes contraditórias viajam na auto-estrada da minha mente, luto contra, para me manter são.
Nunca mais será primavera, enquanto este inverno não passar, desejo sinceramente a passagem de estação, esboçando um sorriso na esperança, que como uma flor floresce na primavera, também a minha vida floresça nesta agoniante solidão.



Preso nas memorias, em jeito de escravidão, feito escravo por quem do amor se fez dono, tornando-me eternamente seu.