18 de novembro de 2010

Pegadas Perdidas

Caminho sozinho por uma estrada que sempre conheci, não sei para onde me leva, nem de onde me trás, nem mesmo o que me reserva.
Faço desta estrada a minha casa, caminho por esta rua vazia na esperança de encontrar o significado destes sonhos despedaçados, enquanto a cidade dorme sossegada e perdida no nevoeiro cerrado.

A minha sombra é a única que se mantém ao meu lado,( tentando dispersar o nevoeiro), aquele barulho persistente é o som do coração batendo como que o último dia chegasse.
Caminho desinibido pela linha que divide a minha mente do limite deste abismo escuro.
Desejos antigos veem me a cabeça, fecho os olhos como que morrendo, brisa aconchegante, suspiro olfegante e dor constante.
Abro os olhos, revejo os meus sinais vitais para saber se ainda estou vivo nesta caminhada, esboço um sorriso e vivo novamente numa farsa
.


PS: As vezes desejava encontrar alguém por este caminho, mas ate lá caminharei sozinho.

16 de novembro de 2010

Novo Olhar

A caneta acaba de explodir no meu peito, a tinta espirra na minha barriga, letras formam-se no meu cérebro e das falas eu faço o meu próprio mistério.
Pensas que tudo que faço é ficar sentado esperando o ultimo raio de loucura, nada disso, apenas insanidade pura.
Para te mostrar o quanto sou atormentado terias de ficar junto a mim e não sair correndo gritando que as palavras doem.
Aqui está um pedaço de mim.
Se ao menos eu pudesse aliviar a dor no peito sentida novamente por estar preso neste fracasso, mas do nada penso em tudo, perplexo bloqueio, mas espera, esta vindo alguma coisa novamente. Não, não é bom o suficiente. Rabisco isto, amasso e deito fora, novo bloco de papel ganha forma e então nova vida é abraçada.
Agora ou nunca esta é a noite do tudo ou nada.

PS: Não tentes perceber o que deves Sentir.

15 de novembro de 2010

Novo Amanhecer

Não me deixes sozinho… Não me acordes de manha pois eu já terei partido, não sintas pena de mim pois eu quero que saibas que no fundo do meu coração eu realmente queria ir.
Eu não quero acordar mais sozinho do que estou agora.
Há um outro mundo, o meu mundo, melhor que este, seguramente melhor para mim, seguramente melhor para ti ficara este, sem a minha alma.

PS: Profundamente enraizado com a dor esboço mais um sorriso com o intuito de fortalecer a alma putrefacta.

13 de novembro de 2010

Levemente Intenso e Obscuro

Dia sombrio se abate por entre as nuvens esmorecidas desta vida, tenta o sol espreitar, sem contudo conseguir ver-me.
Levanto-me pensando que será diferente este dia escuro, mas continua tudo na mesma apatia aziada de ontem, fecho os olhos, levanto os olhos ao horizonte, não te vejo, lavo a cara da vergonha da rejeição e sorriu para o espelho onde aparece uma imagem distorcida de uma tal felicidade aparente.
Torno a fechar os olhos, caiu na cama como se morto estivesse, desejo sonhar.
Com o medo de estar a viver, lágrimas descem pela minha face.
Encolho-me por entre pensamentos, distancio-me da realidade, sonho acordado, fico sozinho, sinto me bem, choro e sou feliz.
Sonho com a morte para não viver com medo de morrer.
Enfim sou assim.

A rabiscar com a caneta sou mais doentio que os demais, mas não será isto que me vai fazer abrir mão do que sempre precisei á minha volta, tu, sinceridade acima de tudo.
Renasço das cinzas da minha morte para viver mais intensamente que nunca.
Grito pulmões fora procurando por alguém, pois parece que estou sempre a falar sozinho.
Ninguém me conhece, eu sou frio, ando por este caminho sozinho, simplesmente não é culpa de alguém senão minha. Sempre foi o caminho que escolhi seguir. Gelado como a neve, não mostro emoção nenhuma, tenho um buraco no meu coração, uma espécie de montanha-russa emocional que desaparece cada vez que os meus braços te relembram e aclamam por ti.
Ultimamente relembrar-te deixa me cada vez mais em baixo, sinto que perco o controlo de mim mesmo, eu sinceramente peço desculpa porque parece que estou sempre a reclamar, mas a vida teima em ficar sempre complicada.
Tento esconder isto, mas não consigo, finjo que estou todo eufórico, mas no fundo, estou morrendo.
Dou conta que realmente preciso de ajuda, pois fraco demais para combater o que o meu coração se apoderou, altos e baixos são os mais constantes.
Odeio o reflexo no vidro, ando pela casa a tentar lutar contra todos os espelhos, apenas não suporto mais a minha aparência.
Sei que parece que já apagamos a nossa história, mas ainda hoje, ao ver uma fotografia tua, quase odeio dizer, eu sinto a tua falta, subconscientemente apenas digo que não sei mais o que dizer, eu acho que agora estou... acabado.
Os meus amigos já não conseguem perceber este novo eu, isso é compreensível, nem eu percebo.



Coração frio de alma desfalecida tenta encontrar forças para bater de novo.