18 de novembro de 2010

Pegadas Perdidas

Caminho sozinho por uma estrada que sempre conheci, não sei para onde me leva, nem de onde me trás, nem mesmo o que me reserva.
Faço desta estrada a minha casa, caminho por esta rua vazia na esperança de encontrar o significado destes sonhos despedaçados, enquanto a cidade dorme sossegada e perdida no nevoeiro cerrado.

A minha sombra é a única que se mantém ao meu lado,( tentando dispersar o nevoeiro), aquele barulho persistente é o som do coração batendo como que o último dia chegasse.
Caminho desinibido pela linha que divide a minha mente do limite deste abismo escuro.
Desejos antigos veem me a cabeça, fecho os olhos como que morrendo, brisa aconchegante, suspiro olfegante e dor constante.
Abro os olhos, revejo os meus sinais vitais para saber se ainda estou vivo nesta caminhada, esboço um sorriso e vivo novamente numa farsa
.


PS: As vezes desejava encontrar alguém por este caminho, mas ate lá caminharei sozinho.

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