31 de maio de 2011

Em Peças...

Fotografia de Ana Barroso
Bocados recortados milagrosamente á mão do portador da tesoura, em pequenos, pequeníssimos pedaços de alma.
Pequenos puzzles montados em cima do joelho fazem da vida um passatempo de verão.
Luzes confundem os olhos fatigados por lágrimas antigas, memorias cravadas de tristeza, correm face abaixo com a intenção de encontrarem consolo.
Raciocínio perdido aquando do primeiro recorte na alma, fazem-me suspirar por momentos antigos.
Questões antigas sem resposta, são leiloadas pelo preço mais ridículo.
O brilho do Mundo a desabafar alimenta o sentimento de que não me encontro sozinho.
Partilho o meu sangue convosco para que nas paredes desta rua possam escrever o vosso nome com ele e assim perpetuaremos mais tempo.
Tentativas de juntar as peças quebradas, não passaram de tentativas em vão.

Novo dia, velha vida.

Sombras

Fotografia de Ana Barroso

Perdido no que sou e no que devo acreditar, esquecido pela razão, dou cartas á emotividade.
Sinto que as pessoas são sombras e sombras não sentem. Frases de conforto não me enxergam as lágrimas porque não me compreendem.
Sabe pouco tudo que conquistei até agora, sabe tudo pouco por não te ter aqui.
Farto de dar ouvidos ao cérebro, quando lhe chamam coração.

Abandono os comuns em direcção á minoria.

30 de maio de 2011

Música


Fotografia de Ana Barroso

Uma pessoa muito especial na minha vida, sempre me disse, o amor é a música perfeita que nunca te cansarás de ouvir. Naquele dia não percebi o alcance exacto que tinha esta frase, hoje mais maduro e triste      compreendo-a.
Vivemos toda a vida á procura da melodia que encaixe nos nossos ouvidos de forma quase instantânea.
Muitas vezes sons codificados aos nossos corações são interpretados de uma forma totalmente diferente pelos nossos ouvidos.
Aqui me encontro perdido em acordes de uma música que não me canso de ouvir, de a sentir e a respirar.
Posso ser enganado pelos meus ouvidos, mas o meu coração nunca me atraiçoará.
Continuarei a ouvir a tua musica ate que os meus ouvidos sangrem, até que o céu escureça e me leve desta vida.
Eu não deixarei de te levar comigo no coração onde a tua música ecoará por todos os cantos que visitarei.



A tua musica foi, é e será sempre a banda sonora da minha vida!

Recorte de Alma...

Fotografia de Ana Barroso
Gosto de palavras sem nexo, é absurdo.
Gosto de confundir o próximo para quebrar o gelo.
Gosto de ser bem directo, mas parecer pouco óbvio.
Sentir-me abstracto cada vez que procuro contacto.
Gosto de ser desconhecido e fazer por isso.
Gosto de ouvir os outros a dizer: foda-se eu desisto!
Gosto de ser amigo de quem sou, é lucrativo.
Gosto de não agradar, mas gosto de ser lido.




PS: Muitos apanharam um vírus ao ler o meu Blogue, principal causa será infecção pela palavra!