29 de janeiro de 2011

Comunicado

Expresso a minha felicidade com quem partilho este meu espaço de escrita, que o blogue a partir de hoje contará com a participação de Ana Barroso no que diz respeito a todas as imagens aqui postadas aquando dos meus textos.
Desde já o meu Obrigado á Ana por tornar o meu blogue um sitio mais intimo e personalizado, contudo espero que com o blogue as fotos tenham um pouco mais de visibilidade tambem.
 



Tempos auspiciosos nesta saudosa união nos esperam.

27 de janeiro de 2011

Negra Alma

O teu olhar, misturado com o leve toque do teu intenso e escuro cabelo, provocam me abertamente a chegar á tua beira.
Não posso evitar, há fascinação no ar. Tento combater essa forte sensação, mas não há como fugir da simples contemplação.
Sei que te conheci antes de repetirmos estas frases, mas anseio por algo mais intenso que esta troca de almas errantes.
Sei que não posso ficar ao teu lado para sempre, mas a minha alma recordar-te-á para sempre minha alma negra.
Reencontro das nossas almas, dá-se no eclipse da junção da vida humana com a perdição divina.

Perdoa-me minha Negra Alma por entregar o meu corpo nas tuas mãos.

Buraco

Encontro-me a vaguear em direcção a um vazio infinito, aniquilação de todos os meus sentimentos apontam para a única saída, deste vazio que não pode ser preenchido de novo.
Um buraco no espaço e no tempo…
Aclamo aos céus superiores resignado com a vida confinada a este lugar.
Lágrimas inertes escorregam olhos fora, sem no entanto alguém imaginar que estas lágrimas inertes nunca irão secar. Deixam para trás todas as sombras possíveis na minha mente sem no preciso momento apontarem uma solução.
Alto nos céus, as nuvens continuam a passar. Espero pela tempestade e espero pela chuva para não ser o único a chorar.

Todas as minhas memórias continuaram a viver em mim, enquanto eu próprio continuar a viver em mim.

Inocência do Amor

O amor é uma navalha por onde caminhei, por cima daquela lâmina prateada.
Dormi na poeira com a inocência, neblina forte afasta-nos, restando apenas olhos vermelhos no massacre da inocência.
Eu rezei por ela, alto gritei por ela e prometi mesmo sangrar por ela se pudesse ao menos vê-la agora.
Vivo no fio da navalha, baloiçando entre o passado e o futuro sempre com o abismo como horizonte.
O livro da vida abre-se diante dos meus olhos incentivando me a escrever as jornadas da efémera vida.
O mal que todos fazemos viverá para sempre eternizado na tua alma, pura inocência.

21 de janeiro de 2011

Nós!

Lembrem-se que todos que se metem no nosso caminho efectivamente não fazem a mínima ideia do que se passa entre nos.
Por isso deixem-nos com os nossos próprios planos pois nos não ficaremos sozinhos.
Eu estarei aqui quando o teu coração deixar de bater e ate estarei quando deres o teu último suspiro.


No escuro quando ninguém nos está a escutar, nos momentos onde vagueamos juntos para bem longe, ai sim seremos sempre felizes.
 A ti minha fiel caneta juro o meu eterno Amor.

Adeus?

Podias dar-me uma bebida, ao menos, antes da partida agoniada.
Pois alem dos meus lábios estarem desbotados,
encontram-se também rachados. Se por tudo isto não fores capaz de me oferecer um copo de água,
pelo menos chama pela minha Gémea.
Ajuda a minha Gémea a reunir todas as minhas coisas e enterra-me com todas as minhas cores favoritas.
Não te vou beijar, pois a parte mais difícil disto tudo vai ser deixar-te, saber que nunca vou chegar a casar, constituir família.
Sinto-me farto, cansado desta agonia de ir contando os dias até ao fim da minha vida, a isto nao se pode chamar viver.
Se te disser adeus...  só te peço que sejas verdadeira como eu fui ate hoje.

20 de janeiro de 2011

Broked

Cego pela fé depositada em gentes, ignorei todos os sussurros, nem todos os avisos foram tão claros, mas agora sem escapatória nem mesmo perdão existe.
Ainda me lembro do sorriso quando me rasgaste em pedaços. Pegaste no meu coração, enganaste-me desde os princípios dos tempos.
Mostras-te me sonhos apenas com o intuito de me fazer acreditar que podiam ser reais.
Quebraste a tua promessa fazendo-me entender que ate as tuas intenções obscuras, não passaram de mentiras e ate mesmo os teus sentimentos não escaparam á mentira do nosso amor.

Procura Eterna

Constante busca pela alma perfeita, cenário sujo que me acompanha desde sempre, já não me importo com o que sempre caminhou no meu coração, pois caminhará sempre sozinho.
Não resta amor onde repousa o desassossego.
Afundado em mais um dia moribundo, dei um passo para fora daquele inocente coração.
Amores antigos morrem dificilmente, mentiras antigas dificilmente as esquecemos.

Viagem ao mais cruel submundo da alma, tão fragil, tão frio, tão medonho.
Disfarces bêbedos mudam todas as minhas regras.
Ultima dança transformada no primeiro beijo, relembrando o teu toque que veio aconchegar a minha felicidade.
A beleza sempre aparece em pensamentos obscuros fazendo aparecer uma pequena fenda de luz no meio da escuridão.

12 de janeiro de 2011

Momento Descabido

O meu reflexo, espelho sujo, não se liga comigo!
Sou a minha própria face nos meus sonhos de vidro!
Estar vazio é solidão, estar só é estar puro e a pureza é algo de deus, mas deus é vazio exactamente como eu.
Intoxicado com a loucura, estou apaixonado pela minha tristeza.
Nunca revelarei que estava sozinho num navio afundado, nunca revelarei que estava deprimido!

Um Só Caminho

Vivo arriscadamente, nunca com medo, caminhando perto do próprio limite, já nunca pensando em algo valioso nem em medo, sempre imaginando o motivo de estar aqui.
Todos os meus propósitos se foram, já nada é certo nem errado pois sem arriscar não há o que ganhar. Já não sinto mágoa nem sinto dor e as próprias entranhas da alma se perguntam o que ainda fazem aqui.
Pois bem, beija-me enquanto estou vivo, mata-me se beijo o céu, mas deixa-me morrer do meu jeito, vivendo e aprendendo.
Agora seguirei o caminho, traçado para mim, com os olhos postos no infinito e viverei outro maldito dia.
Liberdade sempre implicou sacrifício, mantêm-me nesta gaiola que é a vida e liberta a besta.
Caiu lentamente, levanto-me com dores, sem que no entanto vejas medo nos meus olhos, agora estou cego e não posso ver...

A Noite

O sol está a dormir silenciosamente pela primeira vez no século. Oceanos melancólicos, calmos e vermelhos.
Visões de carícias ardentes ao dormir.
Pelos meus sonhos continuo a viver, pelos meus desejos contemplo a minha noite. Desejo que esta noite dure uma vida inteira.
As trevas ao meu redor são como margens de um oceano solarengo e como eu gostava de ser como o Sol.
Do coração humano faz parte o sofrimento e mesmo depois de eu navegar sob mil luas sem nunca saber para onde ir esse mesmo sofrimento me acompanhou.
Duzentos e vinte e dois dias de luz serão trocados por uma noite, o momento para ouvir a poesia ate que mais nada se tenha a dizer…