5 de setembro de 2011

Vivendo ( ... )

Fotografia de Ana Barroso
Nascido das cinzas mudas de quem tinha muito para contar, acorrentado a quem decapitado foi por muito falar, sorrindo com a alma por não ter boca para me exprimir, sentindo com a cabeça pois o coração só bombeia sangue e lembrando aqueles que abandoram-me, pois foram quem mais me amou.
Sonho por entre cortinas de fumo na esperança que o dia nasça diferente e se ponha á mesma hora que costuma nascer.
Nunca procurei abrigo ao som de injustiças, nem procurei sossego nas vastas multidões erradas de pensamentos perdidos.
Hoje podia ser uma linda despedida, podia ser muita coisa que desejavas, mas irremediavelmente será um tudo de nada, representado quase tudo que nada percebeste. 


PS: Das letras antigas aprendi a fazer textos novos.

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