31 de maio de 2011

Em Peças...

Fotografia de Ana Barroso
Bocados recortados milagrosamente á mão do portador da tesoura, em pequenos, pequeníssimos pedaços de alma.
Pequenos puzzles montados em cima do joelho fazem da vida um passatempo de verão.
Luzes confundem os olhos fatigados por lágrimas antigas, memorias cravadas de tristeza, correm face abaixo com a intenção de encontrarem consolo.
Raciocínio perdido aquando do primeiro recorte na alma, fazem-me suspirar por momentos antigos.
Questões antigas sem resposta, são leiloadas pelo preço mais ridículo.
O brilho do Mundo a desabafar alimenta o sentimento de que não me encontro sozinho.
Partilho o meu sangue convosco para que nas paredes desta rua possam escrever o vosso nome com ele e assim perpetuaremos mais tempo.
Tentativas de juntar as peças quebradas, não passaram de tentativas em vão.

Novo dia, velha vida.

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