7 de fevereiro de 2011

Solidão

Fotografia de Ana Barroso
Saudades daqueles tempos moribundos de felicidade extrema sem aparente interesse num assunto em concreto, mas sim no preciso momento em que acordava para a vida e ela sem mais nada para me oferecer, esbofeteava-me a cara com lufadas de ar fresco e com um soco de luz nos meus olhos encarnados de tanta lágrima deixada cair no esplendor da noite.
Farto de criar batalhas com falsos ideais das quais saiu sempre cabisbaixo, afagado com a vida destruída por sonhos inacabados e receios criados de uma tal solidão enfeitiçada por almas errantes que pela minha alma, esperam impacientes.
Sem medo da solidão, entrego o peito as criticas desbocadas, sem fundamento e sem critério analítico por quem da minha personalidade não percebe.

Exorta espírito domado pela dor e agonia, que das lágrimas fazes forças e do desespero o teu conforto. Reage corpo enfraquecido á voz comandante do teu interior.
Vozes contraditórias viajam na auto-estrada da minha mente, luto contra, para me manter são.
Nunca mais será primavera, enquanto este inverno não passar, desejo sinceramente a passagem de estação, esboçando um sorriso na esperança, que como uma flor floresce na primavera, também a minha vida floresça nesta agoniante solidão.



Preso nas memorias, em jeito de escravidão, feito escravo por quem do amor se fez dono, tornando-me eternamente seu.

1 comentário:

  1. Tens talento no que escreves, mas continuo a dizer que é um talento tão perdido quando poderias alegrar a tua alma. Sei que escreves em desabafo, sei que sofres por dentro tal como qualquer ser humano, mas nunca te esqueças do teu verdadeiro EU, esse é mais forte que as tristezas que te abaterem. Gostava um dia de ler algo teu com um sorriso rasgado e ver aquele sentimento profundo e bom que tens por dentro, sei que no fundo saberás dar a volta e quem sabe escrever alegremente :)

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